Geriatric Depression Scale - 15 (GDS-15)
Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15)
Original VersionYesavage, Brink, Rose, Lum, Huang, Adey, & Leirer (1982)
Portuguese VersionMatos, Firmino, Duarte, Oliveira, Rodrigues, Vilar & Costa (2019)
General DescriptionA GDS-15 é uma versão breve da versão de 30 itens, construída por Sheikh e Yesavage (1986), que inclui os 15 itens que apresentavam correlações mais elevadas com o resultado total.
A GDS–15 avalia sintomatologia depressiva, durante a última semana, e tem uma escala de resposta dicotómica (Sim/Não). Em 10 itens (2, 3, 4, 6, 8, 9, 10, 12, 14, 15) a resposta Sim é cotada com um 1 ponto e nos restantes itens (1, 5, 7, 11 e 13) a resposta Não é cotada com 1 ponto, no sentido de o resultado indicar presença de sintomatologia depressiva. A pontuação total dos itens é obtida através da soma da pontuação nos 15 itens, variando entre 0 e 15 pontos. Ainda segundo os referidos autores, a versão de 15 itens da GDS mostrou capacidade para diferenciar sujeitos deprimidos de não deprimidos.
De acordo com a pontuação obtida, podem ainda ser considerados os seguintes intervalos de gravidade de sintomatologia depressiva (cf. Simões et al., 2017): 0 a 4 (sintomatologia “normal”); 5 a 8 (sintomatologia depressiva
“ligeira”); 9 a 11 (sintomatologia depressiva “moderada”) e 12 a 15 (sintomatologia depressiva “grave”).
A GDS-15 tem sido considerada como um instrumento apropriado para o rastreio de sintomatologia depressiva, com boas caraterísticas psicométricas. Porém, não existe consenso em relação à sua estrutura fatorial.
Numa amostra constituída por 340 sujeitos com idades compreendidas entre os 60 e 94 anos (M = 73; DP = 7.55), para extração de fatores foi realizada uma Análise Fatorial Exploratória (AFE), utilizando o método dos Principais Eixos Fatoriais (PEF) (sendo este utilizado na maioria dos estudos, como no estudo de Kim e colaboradores, 2013, e no de Apóstolo e colaboradores, 2014), com a rotação ortogonal Varimax, a fim de aumentar a interpretação dos dados. A análise efetuada revelou a existência de três fatores que explicam 45.4% da variância total.
O fator 1 (Humor Positivo) tem um valor próprio de 4.46, explicando 29.76% da variância.
O fator 2 (Disforia) tem um valor próprio de 1.18 e explica 7.87% da variância.
O fator 3 (Isolamento Social/Apatia/Prejuízo cognitivo) tem valor próprio de 1.60, explicando 7.73% da variância total.
A nota total da escala revelou uma boa consistência interna (α = .85). No que respeita aos fatores, o fator 1 apresentou uma consistência interna razoável (α=.74), o fator 2 fraca, (α = .67) e o fator 3, inaceitável (α = .50).
A capacidade para discriminar entre idosos da população geral e idosos com perturbações emocionais foi também avaliada, usando a amostra em cima mencionada e uma amostra de 66 doentes com perturbações emocionais (idade: M = 71.85; DP = 7.14). Quanto à validade discriminante, os resultados indicaram que tanto o valor global/total de sintomatologia depressiva como os fatores diferenciam as amostras da população geral e de doentes com perturbações emocionais.
Yesavage, J. A., Brink, T. L., Rose, T. L., Lum, O., Huang, V., Adey, M., & Leirer, V. O. (1982). Development and validation of a geriatric depression screening scale: A preliminary report. Journal of Psychiatric Research, 17(1), 37-49.
Matos, A.P., Firmino, H., Duarte, J., Oliveira, S., Rodrigues, P., Vilar, M. &Costa, J.J. (2019). A Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15): Estudo com idosos saudáveis e com idosos com perturbações emocionais. Diagnóstico e Avaliação Psicológica: Atas do 10º Congresso da AIDAP/AIDEP, pp 210-232. Coimbra: Associação Ibero-Americana de Diagnóstico e Avaliação Psicológica.
Ana Paula Matos – apmatos@fpce.uc.pt